Jair Bolsonaro foi preso preventivamente pela Polícia Federal em Brasília na manhã deste sábado (22), em mais um desdobramento do processo que apura a tentativa de ruptura institucional.
Segundo fontes da Polícia Federal ouvidas pela BBC News Brasil, não há indicação, até agora, de descumprimento de medidas cautelares. A prisão preventiva teria sido decretada com base na necessidade de garantia da ordem pública.
De acordo com a imprensa, a decisão teria sido motivada pela convocação de uma "vigília" de apoiadores em frente à residência do ex-presidente, com avaliação de risco de tumulto e ameaça à ordem pública. Até o momento, os fundamentos oficiais da medida seguem sob sigilo.
Do ponto de vista jurídico, a medida não representa início do cumprimento da pena. Trata-se de uma prisão cautelar, decretada antes do encerramento definitivo do processo.
A prisão ocorre em um momento sensível do caso. Bolsonaro havia passado por fases sucessivas de restrições judiciais, que começaram com medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, depois convertidas em prisão preventiva cumprida em regime domiciliar.
Nos últimos dias, o Supremo Tribunal Federal rejeitou embargos apresentados pela defesa, aproximando o processo de uma eventual ordem de prisão definitiva. Nesta semana, vence o prazo para a apresentação de novos recursos, o que já colocava o caso sob expectativa de desfechos mais duros.
A decisão judicial que levou à prisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF. O teor completo da decisão permanece sob sigilo.
Segundo o G1, Bolsonaro deve ser mantido em uma "sala de Estado" preparada na sede da Polícia Federal, em Brasília — estrutura especial já utilizada em outros casos envolvendo autoridades.


Com informações BBC News Brasil